As famílias enquanto reais parceiras apoiam profissionais na descoberta de interesses. Foi assim que na nossa sala surgiu uma interessante pesquisa em redor dos animais grande e pequenos. Deste modo, vários foram os exemplos trazidos até à sala sob várias formas: fotografias, livros, animais de borracha e até peluches. Assim, comunicação a comunicação, chegámos à descoberta de dois animais que muitas curiosidades despertaram: a tartaruga de couro e a baleia azul.
Após a R.L. comunicar ao grupo esta partilha de dois animais em miniatura, bem como das imagens reais dos mesmos, rumámos a mais descobertas nos livros, bem como recolhemos junto das outras salas animais semelhantes ou com alguma relação com os primeiros!
Logo percebemos algumas semelhanças "É a ah!" (afirma a R.L. ao olhar para um ambiente aquático referindo-se à água) e "os peixinhos vivem na água!"(M.S.) foram duas afirmações sob a forma de primeiras palavras que suportaram estas descobertas.
Já com a ajuda da Sala da Xana, conhecemos melhor as tartarugas com a visita do Tico e Teco à nossa sala. Este momento de partilha fez-nos demonstrar sentimentos (receio, medo ou até o à-vontade com este animal), bem como descobrir características pela observação da dureza da carapaça e até das suas patas que servem para nadar.
Ao longo deste percurso, as histórias trazidas para a sala, foram também motor de descobertas e refletiram o envolvimento das crianças, tal como as partilhas dos irmão e outros elementos das restantes salas.
A par desta descoberta que a baleia azul e a tartaruga de couro vivem na água, algumas crianças foram revelando interesses sensoriais em contactar com a água, em várias observações que os adultos fazem do dia a dia (o prazer em lavar as mãos, verter copos de água, etc.). Assim, com a ajuda da estagiária Patrícia, explorámos os animais de plástico numa caixa com água, conchas e areia.
Neste momento foi essencial notar a forma como as crianças se envolveram de forma tão diferenciada na exploração. Enquanto umas privilegiaram o encher e esvaziar das conchas outras preferiram apenas observar, enquanto outras foram revelando reconhecer os animais anteriormente manipulados em outros contextos.
Todo este processo culminou na divulgação deste que foi, afinal de contas, o nosso primeiro projeto. As crianças, para além de ativas ao longo das descobertas que foram sido feitas, revelaram diferentes níveis de participação e foram integradas também nos processos de promoção de circuitos de comunicação pela escola.
Sobe a forma de uma partilha das vivências deste processo, bem como com as primeiras descobertas concretizadas, esta divulgação fez-se acompanhar de um momento de projeção do ambiente marinho, enquanto contacto com o meio aquático, num ambiente de proximidade com as outras salas.
É aqui que o papel do educador se torna tão especial. Potenciar crescimentos e descobertas, partindo dos seus interesses e curiosidades, ajuda-nos a construir um ambiente de verdadeiras parcerias com crianças pequenas que se sentem cada vez mais integradas em processos. Desde o folhear de um livro, à exposição de produtos culturais nas paredes, passando pela preparação de uma caixa com conchas, múltiplas são as situações em que podemos integrar crianças pequenas na construção do conhecimento.
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