terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

Vamos à biblioteca?

Cultivar o gosto pela leitura e contato com a escrita desde cedo ajuda as crianças a construir ideias positivos sobre os suportes que as rodeiam, bem como as suas potencialidades. Histórias, livros sonoros, livros de imagens reais, jornais e revistas, são alguns dos suportes que podem existir nas nossas salas com os quais as crianças podem contactar e buscar informação.
Para além disso, os momentos de leitura das outras salas, como por exemplo das crianças já leitoras do 1º ciclo, apoiam o cultivar deste gosto em crianças pequenas.
De modo a tornar esta riqueza o mais dinâmica e versátil possível, é importante estabelecer rotinas que privilegiem as leituras, bem como estratégias de incluir as crianças no processo de escolha deste tipo de materiais a utilizar em sala.
   
Sentindo necessidade de diversificar o contacto com as histórias contadas pela manhã, iniciámos a tarefas de ida à biblioteca para a escolha de 5 livros a ler durante a semana, tarefa que se repetirá todas as semanas. 
Este foi um momento de grande riqueza de interacções, não só no processo de escolha como na chegada à sala em que a vontade de embarcar nestas novas histórias era já muita. 
Assim, de forma simples e muito participada, fomentamos o contacto com novas histórias, ampliando leques culturais e relacionais.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

A primeira ida ao parque

Na passada semana vivemos uma experiência única de interacção no exterior. Com o sol a espreitar e as temperaturas a subir um pouco, desafiamo-nos numa ida ao parque, em conjunto com algumas salas da creche e jardim de infância.
Foi um momento mágico e único que traduz o espírito de entreajuda vivido entre quatro paredes que se estendem numa ida ao exterior. 
Desde os preparativos para a saída, bem como  percurso até ao parque, todos os momentos foram excelentes ocasiões de fortalecer relações.
Irmãos que fazem jogos de mímica, baloiços que abanam ao som de canções e até bolachas partilhadas, mágicos são estes momentos de interação entre salas de uma mesma comunidade. Venham mais momentos assim.






segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Autonomia para que te quero

Várias são as componentes que se articulam num dia tipo de sala de creche. Entre elas a autonomia tem ocupado especial lugar aos nossos olhos. Pensar na rotina e no crescimento, é pensar como podemos garantir a autonomia e a participação ativa da criança em situações simples do dia a dia em que a criança pode ter um papel central. 

a rotina diária também mantém um equilíbrio entre limites e liberdades das crianças […] devido [à sua] estrutura predizível e dos seus limites claros e apropriados, dentro dos quais elas se sentem livres para desenvolver as suas próprias formas de fazer as coisas
(Hohmann e Weikart, 2011, p.225)

De facto, neste processo, não nos podemos esquecer da segurança que a criança precisa, bem como da forma como esta se articula com o papel do adulto. Seguem-se situações pontuais onde se ilustra para que queremos esta autonomia...
Depois do sucesso do bolo da sala, fomos convidados a partilha esta receita com a Sala da Mónica do jardim-de-infância. A estes ingredientes, juntaram-se umas laranjas que o M.S. trouxe de casa. Em redor da mesa, todos partilhámos funções e claro que as mãos mais pequenas também quiseram experimentar o espremedor e porque não?!







O lanche acabou e segue-se a higiene. Para além da S.F. já perceber o momento que se segue, dirige-se à porta da sala para se preparar para ir para a casa de banho. Depois da muda da fralda, o adulto sugere-lhe a lavagem das mãos e boca, tarefa em que a S.F. participa de forma ativa e empenhada!

Num momento de preparação para o almoço, os adultos ajudam as crianças a sentar-se, enquanto aguardam a refeição. A M.F., indignada, recusa sentar-se e, quando questionada pelo adulto, aponta para a cesta dos babetes ao mesmo tempo que se aproxima da mesma e retira um babete para colocar ao amigo S.D. 

E assim se garante que a criança tem uma função social e que, acima de tudo, participa em atividades simples do seu dia a dia, numa intima relação com os adulto que o ajudam a tornar-se mais competente, já que  “a autonomia define-se pela capacidade da criança em realizar alguma tarefa sozinha, de forma independente, sem a presença do adulto. No entanto, […] temos que ir muito além dessas concepções, pois, assim como o sujeito se constitui a partir das relações com outros seres e com o mundo, a autonomia também é construída nessas relações”.
Coutinho, A. S., Day, G., & Wiggers, V. (2012)